A
defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de liberdade no final da
tarde desta sexta-feira (21). Os advogados alegam que o juiz federal Sérgio
Moro, responsável pela prisão, descumpriu uma decisão da Corte. Cunha está
preso desde quarta-feira (19) na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. De
acordo com a Agência Brasil, na petição, os advogados afirmam que o Supremo já
decidiu que Cunha não poderia ser preso pelos fatos investigados contra ele na
Operação Lava Jato, ao entender que o ex-deputado deveria ser afastado da
presidência da Câmara, em maio. Para a defesa, os ministros decidiram
substituir a prisão pelo afastamento. A prisão foi decretada na ação penal em
que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados
em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens
indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em
Benin, na África. O processo foi aberto pelo Supremo, mas, após a cassação do
mandato do parlamentar, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha
perdeu o foro privilegiado. Entre os argumentos usados para justificar o pedido
de prisão de Cunha, a força-tarefa de procuradores da Lava Jato afirmou que a
liberdade do ex-deputado representava risco para as investigações. BN
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