O
primeiro caso de ataque com seringa em Feira de Santana, distante cerca de 100
km de Salvador,
foi registrado nesta terça-feira (25). De acordo com a Polícia Civil da cidade,
um homem foi atacado por volta das 12h20 desta terça, na Avenida Presidente
Dultra, próximo à rodoviária da cidade.
Ainda
conforme a polícia, dois homens passaram em uma moto e se aproximaram da
vítima, que após ser atacada, procurou atendimento em um hospital particular do
município. Um dos suspeitos foi apontado pela vítima como um homem forte e
alto.
Já
na capital baiana, a Polícia Civil registrou nesta terça-feira três novas
ocorrências de ataques com seringas. A assessoria da corporação destacou,
entretanto, que as vítimas não conseguiram identificar o suposto criminoso.
A
polícia já possui registro de 11 casos. As situações registradas nesta terça
ocorreram no bairro do Comércio (um caso) e Pau da Lima (dois casos).
De
acordo com a polícia, uma mulher foi até a delegacia do Bonfim informando que
sentiu uma picada dentro de um ônibus, na região do Comércio. Porem ela não viu
ninguém e não conseguiu descrever qualquer pessoa.
Em
um dos casos no bairro de Pau da Lima, uma pessoa informou que passava pela
rua, sentiu uma picada, mas não viu ninguém próximo, contudo procurou a
delegacia do bairro para registrar a ocorrência.
Ninguém
ainda foi preso. Apesar da polícia apontar 11 registros de ataques, a
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) fala em 10 casos notificados.
Mais
de um suspeito
Conforme
o delegado Carlos Habib, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana
(Depom), unidade que está à frente das investigações, até agora, nenhum
suspeito foi identificado e o que dificulta a apuração dos casos é a falta de
informações precisas sobre o suspeito de cometer as agressões. A polícia agora
está em busca de imagens que possam ajudar nas investigações.
“A
gente não tem uma convergência de informações. Cada delegacia esta conduzindo
sua própria investigação. A gente tem certeza que não se trata da mesma pessoa,
até porque as características físicas são muito divergentes apontadas pelas
vítimas entre uma pessoa e outra. Nós estamos buscando imagens, tanto de via
publica, como de entidades particulares”, disse.
Conforme
o delegado, uma das vítimas ouvidas pela polícia conseguiu fornecer dados
suficientes para a confecção de um retrato falado. O caso foi registrado na 11ª
Delegacia, em Itapuã. Conforme o delegado Antônio Carlos Magalhães, titular da
unidade policial, o retrato falado feito com base nas informações da vítima
ouvida na delegacia ainda está no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e deve
ser divulgado ainda nesta semana.
A
maioria das ocorrências aconteceu no bairro da Ribeira, na Cidade Baixa. Também
foram registrados ataques nos bairros da Liberdade, São Cristovão, Fazenda
Coutos, Comércio, Pau da Lima e nas Avenidas Sete de Setembro e Joana Angélica,
no centro da cidade.
A
polícia também não sabe, por enquanto, o que foi injetado nas vítimas das
agressões. "O exame do conteúdo da seringa só vai poder ser realizado
quando houver apreensão da seringa. O que a gente tem são vitimas que foram
encaminhadas para fazer perícia, e a partir do exame de sangue dessas vítimas,
[vai] se saber que tipo de material biológico ou químico foi injetado nessas
pessoas", afirmou o delegado Carlos Habib.
Quem
tiver informações que possam auxiliar a polícia na identificação e captura do
suspeito dos ataques com seringas,pode ligar para o Disque - Denúncia
(3235-0000) ou para 190. Não é necessário identificar-se.
Casos
O Hospital Couto Maia, unidade especializada em doenças infectocontagiosas, já
atendeu dez casos de pacientes que chegaram relatando terem sido furados por
seringa nas ruas da capital baiana. O balanço foi divulgado pela Secretaria de
Saúde do Estado da Bahia (Sesab) na sexta-feira (21).
No
mesmo dia, o G1 esteve na unidade de saúde, e
conversou com um dos pacientes que sofreram agressão.
O
aposentado Roberto Rivelino Costa Alves, 46 anos, contou que foi atacado por um
indivíduo no dia 11 de outubro, em Salvador. No Couto Maia, ele foi medicado.
O
aposentado Roberto Alves contou que estava na Cidade Baixa, quando um homem o
atacou. "Veio por trás e me furou no antebraço com a seringa. Eu me
assustei e perguntei por que ele fez isso, mas ele disse para eu me afastar e
ficou apontando a seringa para mim. Em seguida, ele saiu correndo. Era moreno,
tamanho mediano, forte, sem barba, e tinha aparência de uns 20 anos. Isso
aconteceu semana passada [terça,11], entre 9h e 10h da manhã", relatou. G1
BA