Dia
( -a dia) do Professor !
Apesar
de toda modernidade e expansão dos meios de comunicação, o que ainda predomina
em nossa escola, sobretudo na pública, é a permanência da educação bancária; ou
seja, um modelo de ensino alienador, próprio da sociedade tecnocrática,
destruidor, das iniciativas autônomas do estudante, submetido, assim, ao poder
ideológico que catequiza sua mente, tornando-a dócil aos interesses
autoritários vigentes regidos sempre pela corrupção.
Quantos
professores encontram no âmbito educacional a liberdade de pensamento, a
emancipação perante todo o entrave burocrático e a realização profissional em
um ambiente livre de todo tipo de violência física e afetiva?
Ao
contrário, em uma relação absolutamente verticalizada, o professor só
ouve...geralmente cobranças descabidas ou impertinentes sobre o fracasso da
quase totalidade dos alunos na aprendizagem. Sem ser levados em conta o
desinteresse e a indisciplina, o professor é quase sempre responsabilizado pela
inoperância de uma escola, arcaica, superficial em valores e caindo aos
pedaços.
Acontece
que no imaginário social, a figura do professor está associada a de um
"santo", que exerce de maneira abnegada e desprovida de qualquer
pretensão de sucesso financeiro as suas atividades profissionais. É como se o
exercício do magistério não fosse um
ofício exercido também por pessoas vivas dotadas de carências materiais e da
necessidade de suas satisfações.
São,
por isso, banais as queixas sobre a greve de professores. A população não
critica movimentos grevistas de nenhuma
outra categoria. Mas, do professor...Sim! Isto porque há o velho e ultrapassado
discurso dos governos, que não têm por meta a educação do povo , pregando que o
professor não trabalha, que se tiver quarenta horas não apresenta bom
desempenho e que ganha muito bem...Esse último argumento ganha eco coletivo,
principalmente, pelo número considerável de professores que possuem veículo,
embora muitos tenham conseguido tal status levantando bandeiras e sendo
cúmplices do outros governos medíocres, autoritários e desonestos.
Os
professores ao perceberem a pouca estima e relevância social, passam a almejar
cargos junto a secretarias, ou na escola transformando-se, portanto, em novos
especuladores que na realidade parecem pouco se importar com o quadro indigno e
deprimente da nossa educação.
É
imprescindível que haja um urgente processo de depuração das ideologias
opressivas que mascaram todas essas contradições, elencadas ao longo do texto,
sobretudo, a que dogmatiza, em todos os "Planejamentos e ACs, sobre a
atuação docente vista somente como um ato de amor desinteressado.
Não
negamos que a nossa vocação de professor seja, em muitos casos, pautada pelo
amor ao conhecimento latente no nobre ofício de cultivar as inteligências
estudantis, ainda que hoje nem sejamos reconhecidos pelo ato de lecionar, pois
tanto a universidade, a direção da escola,
alguns colegas fiéis à lei do
"ajeitamento" e especialmente os alunos não distinguem quem é educador daquele que apenas dá aulas.
Além
disso, o amor ao conhecimento e à educação tem que ser um amor crítico,
consciente do papel político do professor na transformação da realidade social,
cultural e política. A atividade docente, portanto, deve ser desprovida de todo
paternalismo alienante associado ao professor que é ainda obrigado a
"agradar" os estudantes e, com isso, não permite seu amadurecimento
existencial, de modo específico, em uma sociedade legitimada pelos apelos cada
vez maiores da sociedade de consumo...Repletas das posses mesmistas...que tiram
o prestígio e o respeito do professor, também imbecilizado pelo ter e não mais
pelo ser.
Vivam
os professores!
#
SOMOS TODOS PROFESSORES!
A
gente não quer só comida...a gente quer enquadramento sendo respeitado,
salários e APOSENTADORIA...A GENTE QUER UM ABRAÇO DE NOSSOHGA
A
GENTE QUER UM ABRAÇO PELO NOSSO DIA!
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