O
potencial da Bahia para a exploração de diamantes foi um dos assuntos
discutidos durante o VII Simpósio Brasileiro de Geologia do Diamante, realizado
em Salvador, desde o último domingo (4). No município de Nordestina, na região
do semiárido, fica localizada a Mina Braúna, primeira mina de diamantes em
fonte primária da América Latina e a maior produtora de diamantes brutos do
Brasil.
O gerente de empreendimentos minerais e gestão ambiental da Companhia Baiana de
Pesquisa Mineral (CBPM), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico
(SDE), Adalberto Ribeiro, lembra que o estado baiano foi o primeiro sítio do
país a ter uma exploração industrial da pedra preciosa.
“O diamante tem uma importância muito significativa para a Bahia desde o ponto
de vista histórico com a produção de diamantes por ter deixado uma herança
cultural muito forte na Chapada Diamantina sobre isso. Temos campos de alto
potencial de diamantífero e isso desperta o interessa de muitos investidores
para se instalarem na Bahia”, afirma Ribeiro.
O gerente acrescenta que a Bahia ocupa posição de protagonismo no que se refere
a pesquisa e desenvolvimento dos campos de diamantes. “Nós temos um potencial
significativo e esse evento traz todos aqueles que estão envolvidos na
exploração de diamantes nacional e internacionalmente para a Bahia. O estado
passa a ser alvo de investimentos no setor de mineração”, explica.
Pesquisa
Em operação desde 2016, a produção anual média da mina Braúna é de 250 mil
quilates de diamantes, que são comercializados no mercado externo. O
vice-presidente da Lipari Mineração, empresa responsável pela exploração da
mina, Christian Schobbenhaus, comenta o trabalho que vem sendo realizado no
estado.
“Com essa mina, haverá uma retomada dos investimentos de pesquisa de diamantes
no Brasil. O potencial para a Bahia é grande e estamos fazendo pesquisa para
mina subterrânea. A nossa avaliação é de que temos viabilidade para novos
investimentos que podem ser realizados no estado”, revela Schobbenhaus.
Cadeia de exploração
O VII Simpósio Brasileiro de Geologia do Diamante começou no último domingo (4)
e se encerra nesta quarta-feira (7). O evento reúne investidores, pesquisadores
brasileiros e internacionais com o objetivo de fortalecer a cadeia de
exploração e atrair novos negócios para o setor de exploração de diamantes no
Brasil.
“Nesse evento, trouxemos fornecedores mundiais de equipamentos, de serviços e
ciência para replicar o que aconteceu na Bahia, especialmente em Nordestina,
para outros projetos. É um encontro para trazer o Brasil de novo para o mapa
mundial dos produtores de ponta de diamantes", destacou José Ricardo
Pisani, membro da comissão organizadora do evento.
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