A
mulher acusada de matar o próprio filho de 3 meses nesta terça-feira (27), teve
o pedido de prisão preventiva expedido pela Justiça. A conversão do regime foi
requerida após a mulher ter sido presa em flagrante. O pedido foi feito
pela Delegacia de Homicídios de Vitória da Conquista.
Graciane
Almeida Silva responderá por homicídio qualificado porque o bebê não tinha
condições de se defender e por motivo fútil. De acordo com o delegado adjunto
da unidade, Marcus Vinícius, a mulher disse que “desferiu um tapa no rosto do
seu filho porque este estaria chorando demais”, o que teria ocasionado
traumatismo craniano no bebê.
Graciane
também responderá pelas lesões que ocasionou na perna do filho. Conforme a
polícia informou, no dia 12 deste mês, a criança teve um fêmur fraturado por
conta de agressões da mãe.
A
polícia desconfia que a lavradora também tenha matado um outro filho, que
é irmão gêmeo do que faleceu na terça. O outro bebê faleceu no dia 6 de
novembro de parada cardiorrespiratória, mas devido ao caso do irmão a polícia
pedirá a exumação do corpo para ver se ele sofreu violência. A mulher está
presa no presídio Nilton Gonçalves, em Vitória da Conquista.
O
delegado Marcus Vinícius explicou a situação em entrevista ao jornal CORREIO*.
Ele foi questionado se a acusada poderia responder por infanticídio.
“Infanticídio só se enquadra quando o crime ocorre durante ou logo após o
parto. Esse bebê já tem três meses - quanto maior o espaço de tempo, menos a
influência disso. Mas nós levamos em conta outros fatores. Ela nunca desejou
essa gravidez, tentou abortar os gêmeos logo no início e sempre foi violenta.
Quebrou o fêmur desse que veio a óbito e matou a criança. Esses fatores indicam
que ela sempre teve predisposição e não foi desequilíbrio do organismo por influencia
do estado puerperal”, afirmou o delegado Marcus Vinícius.
Graciane
também é mãe de uma criança de dois anos, de outro relacionamento, que agora
está com os avós. O delegado disse que o pai dos gêmeos possa ter envolvimento
com o caso. “Ele está muito chocado. Descobriu que foi a própria mulher que
matou um deles. Eles moravam em casas diferentes, tinham um bom relacionamento
e planejavam casar. Ele não estava presente nos momentos da agressão. As
testemunhas também disseram que ele não sabia e não tinha envolvimento”, disse
o delegado.
Ainda
segundo a Polícia Civil, Graciane e o marido não tinham passagens pela polícia.
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