Em
Juazeiro, uma criança de um ano e três meses não enxerga e nem fala, depois de
cair de um berço em uma creche do município. O bebê também encontra
dificuldades para comer.
A
criança foi identificada como Lucas Santos. O caso foi resgistrado na delegacia
do município. Segundo a proprietária da creche Cambalhota, a criança descansava
com outros cinco bebês quando a monitora e a diretora da creche saíram do
quarto para autorizar o horário do lanche.
A
criança teria acordado e pulado do berço. O bebê ficou com a cabeça presa entre
outros dois berços. Uma perícia foi feita no local, Lucas passou por um exame
de corpo de delito e testemunhas foram ouvidas. O caso segue em investigação.
Luana
Santos, mãe da criança, informou que a proprietária da creche ligou para ela e
disse que o bebê tinha passado mal, e foi levado para uma unidade médica. “Eu
pensei que ele tinha uma febre, nunca que passou pela minha cabeça que tinha
acontecido isso com meu filho. Quando eu cheguei lá, me deparei com ele cheio
de aparelhos, praticamente sem vida”, disse.
Segundo
informações do G1, Lucas ficou internado por 45 dias e foi diagnósticado com
uma hipóxia, que trata-se de falta de oxigênio no cerébro por um tempo entre 12
e 20 minutos. Por conta dos traumas que causaram sequelas nos sistemas nervoso
e central da criança, os médicos questionaram a versão apresentada pela dona da
creche.
A
mãe de Lucas disse que a situação dele é muito delicada. “Pode ser que isso
dure para sempre, ninguém sabe. O médico não deu nenhum diagnóstico se ele vai
ficar sem andar ou não. Tem possibilidade [ Bebê voltar a andar]? Tem, mas ele
disse que é muito difícil", afirmou Luana.
Os
custos com medicamentos, exames e consultas são muito altos, e por conta dessa
situação, a mãe do menino, que não pode trabalhar e mora de favor na casa de
uma prima do pai do garoto, afirmou que a creche não deu assistência para o
bebê.
A
direção do centro educacional afirmou que prestou esclarecimentos e provas para
polícia de que não houve descaso, que fez vários contatos com a família de
Lucas durante o período da internação e que ofereceu ajuda para a família, que,
até o momento, não aceitou.
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