De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico,
a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) neste domingo (28), começa a criar ainda mais
otimismo nas empresas fabricantes de armas de fogo que miram futuros negócios
no Brasil. O capitão reformado foi eleito presidente da República e
representantes de duas multinacionais de armamentos e de uma novata de capital
nacional afirmam que a vitória levará ao aquecimento da demanda por armas no
Brasil e abrirá oportunidades para novas fábricas. Atualmente, o mercado
doméstico é dominado pela empresa brasileira Taurus.
A Caracal, empresa do grupo estatal Emirates Defense Industries Company
(Edic), dos Emirados Árabes Unidos, planeja erguer uma fábrica no estado de
Goiás, assim como a CZ, da República Tcheca. "O investimento previsto é de
US$ 100 milhões a US$ 130 milhões", disse Paulo Humberto Barbosa,
representante da companhia no Brasil, em entrevista ao Valor Econômico.
O representante demonstrou apoio ao candidato do PSL. "O PT é
desarmamentista. Com Bolsonaro teremos uma satisfação maior de atuar no Brasil
porque ele é um defensor do direito de pessoas de bem de terem armas", disse
ele. "A tendência é que aumente a demanda por armas no Brasil." Em
abril de 2017, o executivo se reuniu com Bolsonaro em um evento da Polícia
Militar em Goiânia.
Bolsonaro fez sua campanha apoiando o porte de armas no Brasil. No
entanto, entidades críticas ao armamento de civis afirmam que o aumento do
comércio de armas tende a piorar o quadro de violência e de homicídios no
Brasil.
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