Um falso médico de Feira de Santana é alvo de uma ação do
Ministério Público da Bahia (MP-BA) por improbidade administrativa. O falso
médico atuou por pelo menos quatro dias em setembro e outubro de 2015, como
plantonista na Policlínica de Humildes, distrito de Feira. O indiciado Dorian
Cristian Gomes dos Santos poderá responder na Justiça por improbidade
administrativa. Segundo o promotor de Justiça Tiago Quadros, autor da ação,
Dorian foi contratado pela Cooperativa de Trabalho Redesaúde, terceirizada pela
Prefeitura, a partir do uso ilegal das credenciais de um médico cooperado que
não atuava pela Redesaúde há mais de dois anos. Além de Dorian Cristian, são
acusados de causar prejuízos aos cofres públicos municipais o coordenador
médico da cooperativa, Thiago Abade Cotinguiba; o coordenador da Policlínica
Celimário Rodrigues da Silva e a própria Redesaúde. Segundo a ação, Dorian se
passou por médico com o aval de Thiago Cotinguiba, responsável por organizar as
escalas de plantão dos profissionais de saúde terceirizados e pela contratação
ilegal do falso plantonista. Sem qualquer fiscalização, Dorian Cristian não
utilizava crachá e se apresentava apenas com um carimbo que continha o nome de
um médico e a respectiva inscrição dele no Conselho de Medicina da Bahia
(Cremeb). O indiciado recebeu R$ 500 por plantão, quando os valores oficiais
pago aos médicos são de de R$ 1,5 mil nos dias úteis e R$ 1,7 mil nos finais de
semana. O promotor de Justiça Tiago Quadros afirma que o coordenador da unidade
de saúde, Celimário Rodrigues da Silva, “facilitou o dano ao erário decorrente
dos pagamentos ilícitos”, pois deixou de realizar a “necessária fiscalização”.
Segundo a ação, Dorian Cristian confessou a fraude em depoimento prestado à
polícia. Já a cooperativa é responsabilizada por disponibilizar ao coordenador
da entidade “a sua estrutura empresarial como forma de disfarçar a contratação
de falso médico”. (Bahia Noticias)
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