As
exportações baianas do mês de março chegaram a US$ 694,1 milhões, com
crescimento de 5,5% sobre março de 2017 e de 14,4% sobre fevereiro último. No
mês, as importações totalizaram US$ 497,6 milhões, com queda de 26% sobre o
mesmo período do ano passado. As informações foram analisadas pela
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
As vendas do mês foram lideradas pelo setor de papel e celulose com receitas de
US$ 166,6 milhões e incremento de 48,8%, ante março de 2017. O setor passa por
bom momento que culminou pela aquisição da Fibria pela Suzano, garantindo à
empresa a liderança mundial do setor, além de produção e preços internacionais
que seguem em alta, depois de avançarem até 50% no ano passado. O volume
exportado até março alcançou 838,8 mil toneladas, o que alçou o setor também a
liderança da pauta baiana no trimestre com vendas que alcançaram US$ 410,4
milhões e crescimento de 39% no período.
No primeiro trimestre, as exportações baianas alcançaram US$ 1,86 bilhão, com
crescimento de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento
no período deve-se exclusivamente ao aumento dos preços médios em 13,4%, já que
o volume embarcado teve redução de 2,7% no período.
As vendas seguem puxadas pelos produtos básicos, com incremento de 40%
lideradas pela soja (+61%); minerais (+22%) e algodão (+306%). As exportações de
semimanufaturados também cresceram 30%, alavancadas pelo bom desempenho da
celulose (+39%) e do setor metalúrgico (+50%), que segue em recuperação após a
reestruturação da Paranapanema e da alta dos preços do cobre. Entre os
manufaturados, apesar do bom desempenho do setor automotivo (+23,2%), houve
redução de 9% nas vendas, graças à queda nos embarques de produtos
petroquímicos (-10%), derivados de petróleo (-29%), pneus (-25%) e calçados
(-32%).
As importações, em posição oposta ao que ocorre no plano nacional (crescimento
de 6,7%), registraram queda de 26% comparadas a março de 2017, enquanto que no
trimestre, a queda também acumula 26% - no Brasil aumento de 15,8% -, reflexo
do ainda pouco dinamismo econômico local, que mesmo no Brasil se pronuncia tênue.
A queda nas compras externas no trimestre, principalmente de bens
intermediários e de combustíveis, reflete o clima de letargia no dinamismo
econômico do estado. A redução nas importações ocorreu nos três meses do ano e
foi condizente com o ritmo tímido de retomada da atividade. O desembarque de
intermediários caiu 10,7% de janeiro a março, em relação a igual período do ano
passado, traduzindo a estagnação da produção industrial. No mesmo período, os
combustíveis e lubrificantes recuaram 51,2%, principalmente nafta para a
petroquímica (-56%). A importação de bens de capital, também acusou queda de
1,5% no primeiro trimestre, sinalizando um cenário de recuperação ainda lenta e
incerta dos investimentos.
Com os resultados no primeiro trimestre, a Bahia acumulou um superávit de US$
399,6 milhões, em sua balança comercial, com a corrente de comércio (soma das
exportações e importações) chegando a US$ 3,32 bilhões com queda de 6,4% sobre
igual período de 2017, resultado da redução maior das importações do que o
aumento verificado nas exportações no período.
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