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domingo, 1 de outubro de 2017

Mãe acusa médico e enfermeira de maltratar filha 14 anos durante parto em Juazeiro (BA)


Uma vendedora autônoma acusa um médico e uma enfermeira de ter maltratado sua filha de 14 anos durante o parto da jovem na maternidade de Juazeiro (BA). A mãe conta que, por causa da situação, a filha contraiu uma infecção e precisou ser internada depois do parto.
Alessandra Pereira diz que a filha foi para a maternidade no dia 19 de setembro para ter o primeiro filho. “Quando chegou no centro cirúrgico, ela [a filha] estava deitada e já sem forças, fraca. Disse que a enfermeira empurrou a barriga dela para tirar o bebê e o médico, que não sei o nome, puxou, colocou as mãos dentro dela cinco vezes. A gente fica sem entender porque ele fez tudo isso”, reclama.
O bebê nasceu saudável, mas a mãe da jovem conta que no dia seguinte ao parto a filha começou a se queixar de dores. “A gente esperava que eles dessem uma medicação para amenizar o caso dela, mas não deram. Depois, ela apresentou essa infecção e ficou sangrando, com mau cheiro e eles liberaram, deram alta para ela ir para casa”, conta.
A situação da jovem após a alta médica piorou e, uma semana depois, a adolescente teve de ser levada de volta para a maternidade, onde permanece internada. Segundo a mãe, ela apresenta sinais de infecção. “Estava sofrendo. Chorava muito. Minha filha estava num estado que, se a gente não levasse, ela iria morrer em casa. Eu só quero a saúde de minha filha, só isso. O que a minha filha passou é triste. Eu não desejaria para ninguém”, diz Alessandra.
A Secretaria de Saúde de Juazeiro informou que já abriu uma sindicância para apurar possíveis irregularidades no atendimento da adolescente.
“Estamos averiguando essa situação. Inclusive, assim que tomei conhecimento, pedi à equipe para fazer toda uma análise de toda a assistência que ela está recebendo agora e da recebeu inicialmente para a gente poder averiguar com rigor essa situação. Ela está internada, está recebendo os cuidados e a gente continua investigando para poder apurar. Os responsáveis serão devidamente responsabilizados diante de cada situação”, disse a superintendente de atenção especializada, Cilene Duarte.
Denúncias
Em agosto, a maternidade enfrentou uma série de denúncias envolvendo falta de acolhimento humanizado, maus-tratos e negligência. Um inquérito civil foi aberto pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) para investigar as denúncias.
Uma das situações envolveu o promotor de vendas Herlon Muzatier, que acusou a maternidade de negligência, após a filha que ele a esposa estavam esperando morrer horas depois do parto, no ultimo dia 20 de agosto.

Depois que Herlon denunciou a morte da filha recém-nascida, surgiram outras denúncias contra o atendimento prestado a mulheres em trabalho de parto na maternidade municipal. Uma delas foi da dona de casa Andressa Fernandes.
Andressa Fernandes, que também teve filho no local dias antes, relatou ter sido abandonada no corredor da unidade de saúde e se juntou a Herlon para processar o hospital. O segundo filho dela nasceu no dia 28 de julho na maternidade, mas ela disse que não foi do jeito que esperava. Conta que teve a criança no corredor da unidade médica por falta de atendimento. (G1-BA).

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