Uma
série de crimes ambientais, como o tráfico de animais silvestres e a extração
ilegal de areia, foi identificada na 44ª etapa da Fiscalização Preventiva
Integrada (FPI), que acontece de 6 a 17 de maio em dez municípios do
centro-norte baiano. Até o momento, 11 pessoas foram presas, quase 300 animais
silvestres resgatados, um carro roubado foi recuperado, além de apreendidos uma
arma, cerca de R$ 5 mil em dinheiro e metais preciosos oriundos da atividade de
garimpo ilegal. A operação, comandada pelo Ministério Público do Estado da
Bahia (MP-BA) e pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF),
é realizada por 30 órgãos públicos estaduais e federais, além de organizações
não-governamentais. As fiscalizações estão acontecendo nos municípios de
Jacobina, Andorinha, Campo Formoso, Mirangaba, Miguel Calmon, Várzea Nova,
Morro do Chapéu, Ourolândia, Umburanas e Jaguarari.
Segundo o promotor de Justiça Pablo Almeida, da Promotoria Regional Ambiental
de Jacobina, a fiscalização é bastante ampla e pretender fazer um diagnóstico
da situação ambiental da região. Estão sendo verificadas questões como o
saneamento ambiental, através de inspeções em lixões e no sistema de
esgotamento sanitário; a qualidade das águas; a ocorrência de desmatamento e
existência de carvoarias; a comercialização e aplicação de agrotóxicos; a
situação do patrimônio histórico e artístico; a situação de áreas de
preservação permanente e de reserva legal, tanto em áreas públicas quanto em
propriedades privadas; e a extração mineral. Além disso, as equipes também
estão realizando visitas às 28 barragens de água, muitas delas funcionando sem
licença ambiental e sem garantir a vazão do rio, explica Pablo Almeida. “Estas
barragens têm promovido a morte do Rio Salitre”, advertiu ele.
A caça predatória, o tráfico de animais silvestres e a criação ilegal de
animais são outros graves problemas identificados na região que estão sendo
combatidos durante a fiscalização. Somente em uma residência no município de
Jacobina, foram encontrados 35 animais silvestres em cativeiro ilegal, além de
partes de um animal abatido, R$ 5 mil reais em dinheiro e 300 gramas de ouro. O
dono do imóvel, que já tinha passagem pela polícia por crimes ambientais, se
apresentou na Delegacia e foi preso. Outras oito pessoas presas nos primeiros
dias de FPI foram liberadas e responderão pela manutenção ilegal de animais
silvestres em cativeiro. No município de Mirangaba, durante a apuração de
existência de um cativeiro ilegal de animais, uma das equipes da FPI ainda identificou
um veículo clonado, que teria sido roubado em Salvador em novembro de 2013. O
homem que se identificou como dono do carro foi preso e responderá pelo crime
de receptação.
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