A Bahia é considerada zona livre de Peste Suína
Clássica (PSC). Mas, recentemente, alguns estados nordestinos registraram casos
da doença. Para proteger o rebanho e evitar que o vírus entre na Bahia, a
Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab) realiza uma campanha de
conscientização junto aos criadores. As fiscalizações estão sendo realizadas em
todo estado, principalmente em criatórios de subsistência, com campanhas
educativas.
“Com os focos recentes no Ceará e no Piauí, nós
intensificamos nossas ações de vigilâncias móveis nas regiões de divisa. Também
capacitamos o pessoal dos postos de fiscalização e tivemos mais ação de
vigilância ativa em toda a região. Nós fazemos sorologia semestral nos
municípios que fazem divisa com o Piauí, além de sorologia anual no estado todo
para continuar mostrando às organizações internacionais que a Bahia é livre de
PSC”, explica o diretor de Defesa Sanitária Animal da Adab, Rui Leal.
Doença viral que acomete suínos domésticos e
javalis, a PSC é altamente contagiosa entre os animais, mas sem risco de
contaminação a humanos através da carne. Os sintomas são febre alta,
conjuntivite, lesões avermelhadas na pele dos animais (hemorrágicas),
principalmente nas extremidades do corpo. Ela provoca alta mortalidade, falta de
apetite, fraqueza e a tendência de se amontoar.
O vírus é transmitido pelo contato direto com
animais doentes; por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e
agulhas com o vírus; por restos de alimentos mal conservados; ou da mãe para o
filhote, ainda na placenta.
Orientações
A Adab, órgão vinculado à Secretaria da
Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), recomenda que
os produtores sigam algumas orientações sanitárias para evitar a entrada do
vírus no estado, como não adquirir animais de granjas não certificadas para
reprodução, não trazer suínos e subprodutos dos estados do Norte e Nordeste
(exceto Acre, Rondônia, Tocantins e Sergipe), não alimentar os animais com
restos de alimentos, controlar a entrada de pessoas e veículos nas
propriedades, entre outros cuidados.
Em Mata de São João, esses padrões sanitários já
fazem parte da rotina na unidade de criação 'Agro Suíno Bons Amigos', desde a
reprodução até a fase de venda para o abate. “Não é uma doença que transmite
para a carne. Os consumidores podem ficar tranquilos. Mas, economicamente, nos
atrapalha. Então, cabe a nós, como produtores, nos preocuparmos sempre com a
biosegurança, com a questão da quarentena dos animais, não permitindo acesso às
propriedades para que se continue com a empresa idônea a nível de sanidade”,
afirma o produtor Virgílio Santana.
Fotos: Mateus Pereira/GOVBA
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