Pelo
menos dez mulheres acusaram o médium João Teixeira de Faria, o "João de
Deus" de ter abusado sexualmente delas durante sessões na Casa Dom Inácio
de Loyola, em Abadiânia, Goiás.
As
vítimas relataram as agresões em entrevista ao apresentador Pedro Bial, nesta
sexta-feira (7). Apenas uma das denunciantes aceitou mostrar o rosto, a
holandesa Zahira Leeneke Maus, que buscou apoio na Casa, justamente para
livrar-se de traumas relacionados a abusos sexuais sofridos no passado.
Segundo
as vítimas, João de Deus agia de forma sistemática em todos os casos. Ele
afirmava que a entidade mandou que as mulheres o procurassem numa sala secreta
após a sessão coletiva, que lá elas seriam curadas. Mas, quando as vítimas
compareciam ao recinto eram abusadas sexualmente.
"Pegava
na minha mão para eu pegar no pênis dele. (...) Ele falava: 'Põe a mão, isso é
limpeza. Você precisa dessa limpeza, é o único jeito de fazer isso'",
disse umas das mulheres.
"A
primeira coisa é vire de costas, eu vou te curar. Existe um padrão (...) Você é
manipulada a acreditar na cura”, disse Zahira que foi a primeira mulher a
relatar os abusos através de um post no facebook.
Uma
coach espiritual americana que levava pessoas para a Casa desde 2002, afirma
que as pessoas que trabalham com o medium sabiam dos abusos, mas temiam o fato
de João ser um "homem muito poderoso".
A
Casa Dom Inácio de Loyola recebe cerca de 10 mil fiéis por mês. João de Deus,
afirmou através de sua assessoria que "rechaça veementemente qualquer
prática imprópria em seus atendimentos".
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