Em
meio à crise política que se instalou no governo de Michel Temer (PMDB), a
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara volta a discutir
a “PEC das Diretas” na sessão desta quarta-feira (28). A discussão, que já dura
semanas, foi interrompida após alguns deputados pedirem vista do parecer apresentado
pelo deputado Esperidião Amin (PP-SC), que votou pela admissibilidade do texto.
A opinião do relator é rebatida pelo deputado baiano José Carlos Aleluia (DEM).
Para o democrata, a matéria não passa de "demagogia". "Tenho
trabalhado contra, vou trabalhar contra. O Brasil não está preparado agora pra
fazer eleições", pontua Aleluia em entrevista ao Bahia Notícias. O
deputado federal é titular na comissão, assim como os baianos Félix Mendonça
(PDT) e Jutahy Júnior (PSDB). Também contrário à proposta, o tucano lembra que
foi constituinte e que, portanto, é a favor de que seja mantida a Constituição
Federal. "A discussão é feita para que quando tiver uma crise, ela [a
Constituição] seja um ancoradouro para o país. Você não fica mudando a
Constituição pra lá e pra cá diante de cada crise", critica Jutahy. Em
outra corrente, há o voto de Mendonça, que faz oposição ao Palácio do Planalto.
O pedetista ressalta que é a favor da Proposta de Emenda apresentada pelo
deputado Miro Teixeira (Rede-RJ). O texto prevê eleições diretas para
presidente e vice-presidente da República em caso de vacância desses cargos. No
modelo atual, em uma eventual saída de Temer da Presidência, o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assume o posto por 30 dias quando
devem ser convocadas eleições indiretas dentro do Congresso. Se a PEC for
aprovada na comissão, a matéria ainda seguirá para apreciação no plenário da
Câmara. Bahia Noticias
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