O
deputado Roberto Carlos (PDT) apresentou, na Assembleia Legislativa da Bahia,
Projeto de Lei que prevê a criação de uma Clínica-Escola do Autista, para
atendimento de alunos e capacitação de educadores. O objetivo da
clínica-escola, segundo o deputado, é garantir o tratamento multidisciplinar,
capacitação e aprimoramento de profissionais que queiram trabalhar com pessoas
portadoras da síndrome, além de estimular a integração de crianças e
adolescentes autistas ao ensino regular.
Pedetista
afirmou que proposição cumpre determinações previstas na Lei 12.764
De
acordo com o parlamentar, a implementação deste projeto cumpre a determinações
previstas na Lei 12.764, de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção
dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista em todo o país. “Ela
assegura aos autistas os benefícios concedidos a todos os portadores de
deficiência, ressaltando o dever dos órgãos públicos de fazer com que a lei
seja aplicada de maneira satisfatória, com profissionais habilitados não
somente para preparar os autistas mas para descobrir seus potenciais; e a
melhor maneira de aproveitá-los na sociedade”, explicou Roberto Carlos.
Autismo
O
autismo é considerado uma síndrome neuropsiquiátrica. Estudos sugerem a
presença de alguns fatores genéticos e neurobiológicos que podem estar
associados ao autismo. Fatores de risco psicossociais também foram associados.
Nas diferentes expressões do quadro clínico, diversos sinais e sintomas podem
estar ou não presentes, mas as características de isolamento e imutabilidade de
condutas estão sempre presentes.
De
acordo com o deputado Roberto Carlos, é de fundamental importância a
capacitação dos educadores para proporcionar a real inserção escolar dos
autistas. “Muitos educadores resistem ao trabalho com crianças e adolescentes
portadoras do transtorno por apresentarem ideias distorcidas a respeito da
síndrome”, afirmou.
No
Brasil, quando o assunto é assistência a autistas, a referência é a
Clínica-Escola do Autista de Itaboraí, a primeira instituição municipal do país
destinada exclusivamente ao tratamento e educação de pessoas com autismo.
“A
inclusão começa com a chegada do aluno à escola, mas é preciso também garantir
sua permanência e aprendizagem”, afirmou. “Infelizmente, o que se constata é
que a escola regular atual não é feita para todos. Com o presente projeto, o
que se objetiva também é que esse trabalho seja complementar, pois não há
ganhos ao individualizar a criança autista, pois o seu desenvolvimento é
considerado mais proveitoso diante de um grupo”, reforçou ele, no documento.
Roberto
Carlos ressaltou, ainda, que a instalação da clínica-escola não visa a
segregação e sim a inclusão dos portadores de autismo na escola e na sociedade.
E também, tem como meta minimizar o sofrimento das mães que ficam sem amparo
para enfrentar uma situação tão complexa.ASCOM
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