Perícias
previstas para a manhã desta segunda-feira (5) vão investigar a causa da queda de um helicóptero que matou uma noiva que estava a caminho de seu
casamento na grande São Paulo no domingo (4). Peritos do
Instituto de Criminalística de polícia paulista e especialistas da Aeronáutica
estarão no local da queda do helicóptero em São Lourenço da Serra em busca de
indícios da causa do acidente.
A
queda ocorreu a poucos quilômetros do espaço que tinha sido alugado para a
festa. A noiva tinha o sonho de chegar ao casamento de helicóptero, segundo o
dono do buffet e responsável pela organização da festa, Carlos Eduardo Batista.
O noivo a aguardava no altar quando soube do acidente.
Também
morreram o piloto, Peterson Pinheiro, o irmão da noiva, Silvano Nascimento da
Silva e a fotógrafa Nayla Cristina Neves Lousada, que estava grávida de seis
meses.
“O
noivo não sabia que ela chegaria de helicóptero. Seria uma surpresa para ele e
para todas as pessoas da festa. Todas as noivas têm um sonho e o dela era
chegar de helicóptero a seu casamento sem que ninguém soubesse”, disse Carlos,
um dos poucos que sabiam da surpresa para poder organizá-la.
O
dono do buffet afirmou que estranhou quando o helicóptero não pousou no campo
de futebol do sítio e procurou a empresa responsável pela aeronave. “O dono
disse que o helicóptero já tinha subido e que já deveria ter chegado”. “Pouco
depois, ele mesmo me disse que uma aeronave tinha caído, mas que não imaginava
que seria a sua própria”, completou.
Quando
recebeu a confirmação da queda e das mortes, Carlos comunicou primeiramente o
noivo. “Chamei o pastor que estava na cerimônia e ele foi comigo comunicar para
tentar acalantar o noivo. Ele ficou em estado de choque. Depois, os demais
convidados [cerca de 300] souberam e ninguém sabia como agir. Foi uma
tragédia”. Alguns familiares e convidados permaneceram no local da festa e
outros foram embora.
O
helicóptero que caiu é do modelo Robinson 44, matrícula PRTUN, segundo a
Aeronáutica. De acordo com o órgão, uma equipe do Seripa IV (Quarto Serviço
Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) está indo para
o local para começar as investigações do acidente.
A
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por meio de sua assessoria
de imprensa, que a aeronave estava com inspeção válida até 16 de dezembro, que
o certificado de aeronavegabilidade estava normalizado e que poderia voar até
dia 1º de fevereiro de 2017 e que a capacidade era de 3 pessoas, sem contar o
piloto.
A
queda ocorreu na Estrada da Barrinha. A aeronave caiu em uma região de mata
fechada, próxima à Rodovia Régis Bittencourt. Por volta das 18h, quando o
Globocop sobrevoava a área, havia neblina e chuva.
Familiares
das vítimas estiveram na manhã desta segunda no Instituto Médico Legal (IML) em
São Paulo para organizar a liberação dos corpos.
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