O
PSOL protocolou na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (28), o pedido de
impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) por supostamente pressionar o
ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, a interferir em parecer do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre um prédio de Salvador.
O caso do residencial La Vue, na Ladeira da Barra, levou à renúncia do então
ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que fez uma promessa de
compra de um apartamento no 23º andar. Geddel teria pressionado Calero a
suspender um parecer do Iphan que proibia a construção de um prédio de 30
andares, limitando a 13, por estar em uma região tombada. No pedido protocolado
nesta segunda, o documento assinado por Raimundo Luiz Silva Araújo, presidente
nacional do PSOL, acusa Temer de crime de responsabilidade por tentar
interferir na questão, em favor de Geddel. Para a sigla, Temer praticou o crime
de tráfico de influência. Entre as testemunhas sugeridas no documento estão
Calero, Geddel, o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, o ministro da Educação
Mendonça Filho, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, e dois parentes de Geddel:
Jayme Vieira Lima Filho, seu primo, e Afrísio Vieira Lima Neto, seu sobrinho,
filho do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB). Além do impeachment, o PSOL
pede ainda a inabilitação do presidente por oito anos para o exercício de
funções públicas. Por Rebeca Menezes
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