As
autoridades colombianas confirmaram a morte de 76 pessoas no acidente aéreo com
a delegação da Chapecoense na madrugada desta terça-feira (29), na cidade de La
Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. Ainda não há confirmação oficial do
nome das vítimas.
Inicialmente
o general José Acevedo Ossa, membro da polícia local e
responsável pelo resgate, e o prefeito de
Medellín, Federico Guitiérrez Zuluaga, divulgaram um total de 75
mortos. Posteriormente, porém, o corpo de bombeiros divulgou que mais uma
pessoa foi retirada com vida dos destroços e encaminhada ao hospital: o
zagueiro Neto.
"Milagres
existem. Temos que tirar todos da aeronave. Encontramos mais uma pessoa viva na
aeronave", disse um dos bombeiros envolvidos, sobre o resgate de Neto.
Além
do zagueiro, outras seis pessoas sobreviveram à tragédia. Três deles são
jogadores da Chapecoense: o lateral esquerdo Alan Ruschel, além dos goleiros
Danilo e Follmann. O jornalista Rafael Henzel e a comissária de bordo
Ximena Suarez também foram resgatadas com vida. As informações são de hospitais
da região e de familiares dos jogadores.
"Estamos
trabalhando também para resgatar os corpos dos mortos e entregar às suas
famílias. Conseguimos resgatar cinco pessoas com vida. Quando amanhecer, vamos
retirar os corpos e iniciar o processo para enviar ao país de origem das
pessoas. O procedimento do resgate de corpos estará a cargo da polícia",
disse Ossa.
"Socorristas
trazem a informação deste lugar de muito difícil acesso. Estou fazendo a
coordenação dos transladados dos corpos e chamando a polícia legal. São quase
cinco da manhã. Vamos trabalhar toda a noite. Expressamos nossa solidariedade
às famílias, estamos de luto. Algumas vítimas têm diferentes nacionalidades.
Prestamos solidariedade total. Lamento muito, estamos solidários. É muito duro.
Não cabe tanta gente que está querendo trabalhar nos resgastes. Não cabe mais
ambulância, mais carros. Temos que valorizar o trabalho de toda essa
gente", disse Zuluaga.
O
presidente do Atlético Nacional destacou solidariedade à Chapecoense à
Telemedellín, TV colombiana. "Estamos falando com todos os departamentos
administrativos e de crise que temos para ajudar e estamos trabalhando junto
aos organismos de socorro. No momento podemos nos solidarizar. Desejamos o
melhor. Creio que não temos cabeça no momento (para falar de jogo)",
comentou.
No
voo estavam 81 pessoas, incluindo 72 passageiros e nove tripulantes. No total,
eram 48 membros da Chapecoense, incluindo 22 jogadores, 21 jornalistas e três
convidados, além da tripulação.
O
modelo do avião é o Avro Regional Jet 85, também conhecido como Jumbolino, de
matrícula CP-2933, produzido pela British Aerospace. O avião tem lugar para 95
pessoas, mas segundo as autoridades colombianas, tinha 72 passageiros e 9
tripulantes no momento do acidente.
Alguns
atletas da Chapecoense não viajaram com a delegação. A lista inclui os
seguintes jogadores: Neném, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei, Hyoran,
Martinuccio, Nivaldo e Rafael Lima. Eles não vinham sendo utilizados pelo
treinador Caio Júnior. Entre todo o time, o goleiro Nivaldo é o mais antigo do
elenco e está no grupo desde que a equipe estava na Série D.
Na
lista de convidados da Chapecoense para a viagem à Colômbia, o prefeito de
Chapecó, Luciano Buligon, não estava no voo. Outros dois membros da delegação,
Rodrigo Ernesto e Pablo Castro, também não estavam com o restante da equipe.
Ambos cuidam da logística do time, chegaram antes a Medellín e estavam no
aeroporto para o receptivo.
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