Em 6 anos, mais precisamente entre 2007 e 2013, o número de
pessoas em situação de extrema pobreza, analfabetas e crianças trabalhando
diminuiu consideravelmente. São dados revelados através da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, sendo que o Estado da Bahia foi o
que mais avançou na redução da pobreza e extrema pobreza durante esse período,
pouco mais de 2 milhões.
No Brasil, nesse período, foi reduzido em 13,4 milhões de pessoas
que viviam na pobreza ou extrema pobreza e o Nordeste foi responsável pela
saída de 7,2 milhões deles. Em 2013, Alagoas possuía a maior proporção de
pobreza, cerca de 13,8%, e o Maranhão no topo do ranking de extrema pobreza,
14,8%. Santa Catarina e o Distrito Federal foram os estados com as
menores taxas, 1,3% e 0,8% respectivamente.
Na Bahia, de acordo com a PNAD, as famílias que estavam em
situação de extrema pobreza reduziram de 10% para 6,5%, o índice de pobreza
passou de 21,7% para 10,4% e neste mesmo período, a renda média dos
baianos cresceu cerca de 33,9%, passando de R$ 837 para R$ 1.121.
Os dados da pesquisa foram divulgados pela Superintendência de
Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), que está cada vez mais
aprofundando a apuração de estatísticas sociais, gerando informações sobre
pobreza, desigualdade, indicadores, dentre outros estudos que servem de
instrumento para o planejamento de políticas públicas. Para o diretor de
Pesquisas da SEI, Armando Castro, “esse resultado reforça a eficiência não só
da política de transferência de renda, mas de todo um arcabouço de políticas
econômicas e sociais voltadas ao desenvolvimento social”.
O analfabetismo no Estado também sofreu reduções significativas,
passando de 18,3% para 14,3%, entre 2007 e 2013. Para as pessoas com mais de 40
anos e que vivem na zona rural, o número diminuiu de 33,4% para 26,3%. Já nas
áreas urbanas, as pessoas que não sabiam ler nem escrever nessa mesma faixa
etária, passaram de 23,1% para 18,4%. “Os dados revelam que o acesso à educação
no meio rural, para indivíduos de 40 anos ou mais, é desafiador e necessita de
atenção específica, como a intensificação de programas de alfabetização de
adultos”, afirma Armando.
Com relação à frequência escolar, teve um aumento de 12,6% na
participação das crianças de 4 a 5 anos. Ao todo, 86% das crianças desta idade
estão frequentando a escola e o crescimento na frequência escolar para esta
faixa etária foi maior também na zona rural do que nas cidades. O diretor da
SEI acrescenta ainda que a pesquisa revela dados positivos sobre a educação na
Bahia, e que com o aumento no número de alunos matriculados no ensino
fundamental, dificilmente surgirão novos analfabetos.
Outra queda nos índices diz respeito ao trabalho infantil, triste
realidade para milhares de crianças no país. O número de crianças trabalhando
na faixa etária de 5 a 9 anos caiu numa ordem de 81%, ou seja, 21 mil crianças.
Na faixa dos 10 aos 13 anos a redução foi de 58%, o equivalente a 78 mil
crianças.
Para Armando, um dos fatores que contribuem para essa redução são
os ganhos reais de rendimento das populações mais pobres, que ajudam a retardar
a entrada de jovens no mercado de trabalho, e a diminuição da proporção de
jovens nas famílias, que diminui a necessidade nas famílias de realização de
trabalho por adolescentes Diz ainda que programas como o Bolsa Família eleva a
frequência das crianças nas escolas, reduzindo o trabalho infantil e,
consequentemente, a pobreza.
Fonte: UPB
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