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segunda-feira, 23 de abril de 2018

PROFESSOR VALTER SILVA: CARTA ABERTA À CIDADANIA



Sobrevivemos às duras penas em um país ora destruído pela corrupção cultural dos políticos em geral aliada ao desinteresse da maioria da população pela coisa pública e ainda a uma pequena casta que defende seus interesses em troca “favor-e-cimento” e de outras benesses, principalmente os cargos comissionados.
É nesse obscuro cenário que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Filadélfia, Sisef, vem travando, desde a sua fundação, uma luta que tem se tornado cada vez mais desigual para cumprir seu papel de representante e de defensor dos direitos dos servidores municipais da nossa cidade. Isso também por consequência  da infeliz postura de nossos políticos que se dizem democráticos, mas, que só aceitam a hipótese da democracia, caso tudo gire em torno de um consenso unicista. Ou seja, "democracia" pautada no velho princípio dos tempos do coronelismo: Manda quem pode!
Tal forma de poder, lamentavelmente, não tem a capacidade de agir em comum acordo, mas, sim, como se fosse mera propriedade daquele que representa legalmente esse poder aliado a um grupo, de insaciável sede pelas posses mesmistas, onde ambos se conservam unidos em uma crescente mediocridade incapaz de lutar por mudanças radicais em seu modo de viver e, sobretudo, no próprio sistema político de sua doentia sociedade. Nesse quadro negro e desolador, aumenta a desintegração do poder agir politicamente no coletivo, facilitando, então, a manutenção de uma ordem estabelecida que destrói o poder de ação política pública.
Para tanto, os políticos, incluindo, especificamente, os prefeitos, contam com o imprescindível apoio da massa, representada por uma já referida casta, que não é analfabeta e nem tampouco de baixo poder aquisitivo. Muito pelo contrário, escravizada pelos governos que exercem influência sobre ela, embora a mantenha nas trevas da ignorância, essa massa é composta por líderes carismáticos que, em sua ânsia de ascensão social a qualquer preço, acabam por potencializar o assistencialismo ao adotar uma reacionária postura que, além de legitimar a própria opressão de gestores arbitrários e plutocráticos, também enfraquece, ainda mais, a luta dos deserdados e oprimidos.
Confusos em seus propósitos e sem saber, ou poder, agir livremente, os membros dessa massa, normalmente nomeados para cargos estratégicos, dependem sempre de autoridades externas que exercem sobre eles suas influências diretrizes. Dessa forma, embora sejam marionetes da enferrujada engrenagem do poder, acreditam piamente que agem de forma pessoal e por vontade própria.
Almejando abarcar tudo que está a seu alcance, tal massa, não anseia por mudanças políticas na área da saúde, da educação, da segurança e muito menos da justiça social, porque ela é antes de tudo patriarcalista e racista e, como tal, jamais se reconhece na vida periférica dos oprimidos e dos trabalhadores, incluindo aí os docentes, eternamente explorados e perseguidos pela ganância e pelo autoritarismo de gestores públicos que, paradoxalmente, pregam a necessidade de uma melhoria principalmente na educação.
Altíssimo é o preço dessa abominável postura de grande parte da nossa  sociedade. Sentimos, nos dias de hoje, uma espécie de lamaçal ético que, contraditoriamente,  repugna, mas, que também dá prazer. Por esse lamaçal tem-se amor e ódio. De certa forma, fazemos parte dele, mas, por outro lado, isso nos repugna. Percebemos que hoje quem é honesto, é considerado otário, a chacota da sociedade. Quase todos querem, sim, ter a fama de espertos e capazes e, tudo isso, por meio da política de cooptação que nos rebaixa e nos decepciona! mas, mesmo assim, muitos, abduzidos pelo "canto da sereia" dos poderosos corruptos, acabam por prevaricar, agem muito mal... Abusam!
Temos que ter a consciência de que a nossa dignidade está na ética.  Somente ela poderá nos tirar desse lamaçal, por isso a reivindicamos. Todavia, não podemos continuar com a prática dualista da ética em que o princípio da honestidade e o cumprimento do dever coexistam, paralelamente, com uma ética malandra que valoriza a astúcia e quer levar vantagem em tudo. Não podemos exercer a cidadania cobrando honestidade dos imorais ou ditadores políticos, fazendo, ao mesmo tempo, uso dos expedientes da malandragem e do jeitinho para resolver problemas cotidianos.
É possível que ainda tenhamos alguma dignidade! E esta, sim, tem que ser dita e gritada em alto e bom som.  É uma ética meio desesperançada, mas é a que temos para hoje. Quiçá ela nos livre desse espírito de Malazartes, que tem atingido até mesmo  "educadores",  que não visa à transformação do sistema, mas, a manutenção da vida  e da vantagens eventuais, burlando, se preciso, as leis ou normas, mas sem a pretensão de modificar o todo das instituições, interessando-se, enfim, em continuar levando uma vida  malandra, sem se submeter à exploração do trabalho, praticada pelos sucessivos e igualmente medíocres gestores

Tenho dito!
Valter Silva.

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