Representando
o Estado da Bahia, Wilson Dias, diretor-presidente da Companhia de
Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria
de Desenvolvimento Rural (SDR), participou da mesa debatedora e apresentou as
iniciativas do Projeto Bahia Produtiva que têm contribuído para mudar o perfil
da agricultura familiar baiana.
De
acordo com Wilson, o objetivo foi apresentar as estratégias das alianças
produtivas entre as cooperativas da agricultura familiar e o setor empresarial
de vários segmentos, em especial o da gastronomia, que tem inserção grande no
Slow Food, para que seja possível ter um ambiente favorável de comercialização
dos produtos. Ainda segundo o diretor-presidente, o projeto na Bahia estabelece
uma relação onde as empresas ganham e as cooperativas também.
Por
meio do Bahia Produtiva, projeto executado pela CAR/SDR, o governo estadual
lançou o edital Alianças Produtivas, no valor de R$ 82 milhões. Através dele,
52 cooperativas estão recebendo investimentos destinados à elaboração de plano
de negócios, serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER),
aprimoramento da base produtiva, tecnologias, agroindustrialização e apoio a
logística.
Durante
o evento, Ailton Pereira, diretor executivo da Cooperativa de Produtores Rurais
de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), apresentou um pouco da história de sua
cooperativa e explicou que a contemplação no edital de Alianças Produtivas irá
contribuir com qualificação e melhor desempenho do empreendimento. “Hoje nós
temos 330 famílias associadas. A gente beneficia e agrega valor aos produtos
cultivados pelos cooperados: banana, mandioca, abacaxi, abacate e goiaba. O
edital vai nos ajudar com a comercialização do nosso novo produto banana chip
e, em breve, teremos também o aipim chip”.
Bastião
Buffon, dirigente da Guayapi, empresa francesa com mais de 25 anos no mercado
de comercialização do guaraná, participou do encontro e afirmou que “a Bahia
tem um ecossistema especial e o comércio de produtos da agricultura familiar
proporciona aos produtores uma renda justa para seu trabalho, ao mesmo tempo em
que há uma preservação da natureza e da sociobiodiversidade”.
Também
participaram do encontro a gestora da Cooperativa de Agricultura Familiar
Sustentável com Base na Economia Solidária (Copabase), Dionete Figueiredo
Barboza, que falou sobre a experiência com o desenvolvimento rural e o cultivo
do Baru; o representante da Associação Terra Indígena Xingu (ATIX), Winti
Kisêdjê, da comunidade indèigena Saterè-Mauè na Amazônia; e o economista do
Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Paolo Silveri.
Todos compartilharam a importância da comercialização justa.
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