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sexta-feira, 11 de março de 2016

Caso Beatriz: Diretora do Maria Auxiliadora diz: “Não entendo o que a população cobra do colégio. Também somos vítimas”


A nova diretora no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, irmã Júlia Maria de Oliveira, revela o contrário do que comentam sobre a contribuição da instituição para o caso Beatriz. Em entrevista, pela primeira vez, a diretoria ressaltou durante manifestação realizada nesta quinta-feira (10), que a escola sempre ajudou de alguma forma com o intuito de acompanhar a elucidação do crime.
“A escola vem ajudando, abre suas portas, a polícia entra, investiga. Ninguém pode dizer que a escola não vem contribuindo com esse caso. Constantemente participamos e favorecemos para que esse caso seja elucidado”, ressalta.

Erros primários
Sobre a possibilidade de afirmar se houveram ou não erros primários por parte da instituição, a irmã disse que não pode confirmar nada, já que a mesma assumiu a direção da escola no início desse ano. “Não posso afirmar nada do que estão colocando, porque eu não estava lá, eu não vi nada, não presenciei”.

A troca de direção do Auxiliadora
Júlia Maria chegou a Petrolina para substituir a ex-diretora, Maria José Alves, que foi transferida no final do ano passado e cada gestor que assume a instituição permanece por seis anos. “infelizmente terminou o tempo dela coincidentemente com o que aconteceu, esse crime brutal. Muitos falaram que ela saiu porque teve esse assassinato, mas isso não é verdade, explicou.

Segurança da escola
Irmã Júlia revela que tem buscado esforços para manter a segurança do local, após o crime. “Estamos cada vez mais aprimorando o nosso trabalho para que os alunos fiquem bem. Seguro não estamos em lugar algum, mas estamos providenciando tudo para garantir a segurança da nossa instituição”, afirma.
A diretora diz que não entende porque a população vem cobrando explicações da escola. “Fico sem saber que cobrança é essa da população. Nós não somos investigadores, nem polícia. Quem tem a competência para analisar o caso é a polícia. Nós facilitamos o trabalho das autoridades, o que eles pedem nós obedecemos porque é trabalho deles e não vamos omitir nada. Não estamos tranquilos porque também nós somos vítimas. Sou nova na direção e se a escola deveria ter sido interditada no dia do ocorrido, não cabe a mim responder porque eu não estava”, frisa.

Contribuições do colégio no caso Beatriz
A Irmã-Diretora, que assumiu o cargo no mês de janeiro deste ano, esclareceu que o colégio tem contribuído na elucidação do crime e que a instituição buscou auxílio do Ministério Público e da Secretária de Segurança do Estado.
“O Colégio teve a iniciativa do Disque-Denúncia que hoje está com o valor aumentado para R$ 10 mil e todas as pessoas que fornecerem informações não terão a identidade revelada. Todas as solicitações da polícia foram e estão sendo atendidas de imediato. Em nenhum momento houve barreira de entrada no Colégio para as investigações. Qualquer informação que chega ao nosso conhecimento é imediatamente repassada para o delegado. Já tivemos contato com o Ministério Público, tanto na sede, e também recebemos a visita no colégio. O colégio está muito empenhado, desde o início, em colaborar para que este caso seja elucidado o mais rápido possível”, explicou.
Direção diz que o caso é o maior desafio já enfrentado

A diretora afirma ainda que esse caso ocorrido na escola, está sendo o maior desafio de sua vida. “Isso para nós foi uma novidade. Pra mim está sendo o maior desafio. Tivemos na nossa casa uma vida que foi ceifada, toca o coração”, finaliza a diretora. (Edenevaldo Alves)

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